A luz depois das onze.

Um conto de Milena Pássaro.

O botão, sobre a acentuada barriga, incomodou o calvo homem que, ajeitou o jaleco. Em um dos bolsos, o ponteiro do relógio mostrava que faltavam dez minutos para as sete horas. Apressado, ele calçou as luvas de látex e verificou as vidrarias e reagentes.

Erlenmeyer, béquer, tubo de ensaio, balão volumétrico, tudo, estava em seus devidos lugares. Sob os óculos de proteção, os atentos e castanhos olhos, checaram com cuidado o experimento deixado pela turma na aula anterior. Cantarolando, ele foi até ao quadro branco e testou os pincéis. Tudo pronto. Logo, o sinal tocou.

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