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Endereço da saudade

  • Foto do escritor: paralereamar
    paralereamar
  • 18 de jun. de 2022
  • 1 min de leitura

Atualizado: 19 de jun. de 2022

Um poema de Milena Pássaro

Me perguntaram se tenho saudade, E logo, respondi que sim. Tenho saudade de uma casa, Que muito importante foi pra mim. Jardim na frente, tinha até árvore. Muro baixo e para rua, duas janelas. Lembro-me bem de cada detalhe, Ela ficava em uma viela. Lá dentro, parede azul claro, O chão todo vermelhão. Ali, ninguém ficava sozinho, Não existia solidão. Era primo para todos os lados, E a vó no meio da gente. Era tia, tio e amigos, Todos viviam contente. O portão vivia batendo, Cada hora era uma vizinha. E cansada do entre e sai, Nem latia mais, a Casquinha. Tinhas as histórias que a vó contava, E os discos na vitrola. Tinha, manjar aos domingos, E devoção à Nossa Senhora. Tinha a magrela amarela do vô, E a Monark que aprendi a andar. E mais pra frente teve a Zanela, Que eu vivia a passear. Se permitido a mim fosse, O passado visitar. À rua Júlio Prestes 37, Eu iria voltar.






 
 
 

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